Horário

sábado, 4 de dezembro de 2010

Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial

Juliana Antunes - Um olhar Sustentável
(Por Letícia Moraes)

Através de buscas em sites, descobri uma pessoa extremamente capacitada e com um enorme conhecimento do nosso tema. O nome dela é Juliana Antunes, pós-graduada em Responsabilidade Social Empresarial, ex-treinee da Unilever, com experiência generalista de sustentabilidade coorporavita, mkt, rh, comunicação interna, e change management.
Com tanto conhecimento ela trata de assuntos como: "Mudar o mundo através de consultoria estratégica e sustentabilidade coorporativa".

Como todos sabem, tenho grande paixão pelo assunto abordado.
Entre e-mails e conversas ela me apresentou além de seu site, o blog também.
Um Blog que trás um olhar sustentável para o mundo empresarial.

Através deste comentário, agradecemos a Juliana Antunes por fazer parte de um mundo melhor e por contribuir com o nosso desenvolvimento acadêmico.

Acessem e veja quanta importância tem a Responsabilidade Social e Sustentabilidade!

Links

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Starbucks Coffee - Responsabilidade e Desenvolvimento Social


Colaborar com as comunidades e proteger o meio ambiente. Tratar as pessoas com respeito e dignidade. Servir os melhores cafés do mundo, todos os dias.
Demonstrar a convicção em suas crenças através da prática dos princípios e da missão da Starbucks na forma em que conduzem os seus negócios.


Projetos de Desenvolvimento Social

Através dos anos, o relacionamento que a Starbucks construiu com os fazendeiros já produziu muito mais do que café.

Criando a mudança através de relacionamentos

A Starbucks e diversas fazendas já colaboraram para a melhoria dos sistemas de água locais, construção de moinhos de café e suporte a outros projetos que ajudam as famílias dos fazendeiros e suas comunidades.
Os projetos são fundamentados de duas formas: primeiro, a Starbucks paga um prêmio adicional ao preço do café comprado de uma determinada fazenda. O prêmio é investido no projeto. Depois, a fazenda investe para que também tenha o interesse no sucesso do projeto.

Muitas destas iniciativas são projetos que garantem a sustentabilidade de seu desenvolvimento.

Compromissos:

  • A Starbucks investe por ano cerca de U$85.000 em projetos de desenvolvimento social. Alguns exemplos descrevem os nossos esforços:
  • Na Nicaragua, a Starbucks ajuda a contruir banheiros e sistema de água na escola Modesto Armijo, que atende a 1.200 crianças de San Juan de Rio Coco.
  • A Starbucks e cinco fazendas de café da Guatemala construíram clínicas, enfermarias e escolas que atendem a 5.000 pessoas nas comunidades locais.
  • Contribui com U$25,000 para a organização Coffee Kids, dedicada a melhorar a qualidade de vida das crianças que vivem nas regiões de cultivo de café.
  • No Brasil, apoia o projeto Ciranda da Leitura, da Ipanema Coffees, que leva livros e diversão às crianças das comunidades de Alfenas e municípios vizinhos em Minas Gerais.

Toda a Responsabilidade Social Corporativa da Starbucks permeia profundamente a companhia. Leia mais sobre o engajamento social da Starbucks e seus respectivos compromissos em:

Upcycling ganha espaço no Brasil e no mundo



O conceito prega aproveitar algo que seria descartado e agregar valor, transformando-o em um novo produto, sem precisar passar pelos processos de modificação física ou química da reciclagem.

Veja exemplos bem-sucedidos de um conceito que está ganhando espaço no Brasil e no mundo: upcycling - quando se aproveita algo que seria descartado, como lixo, e agrega valor, transformando em um novo produto, sem precisar passar pelos processos de modificação física ou química da reciclagem.

Entrevistamos o húngaro Tom Szaky, que reinventou a destinação inteligente de resíduos. À frente da TerraCycle, ele atua em 11 países, reaproveitando e reciclando embalagens que antes iam para o lixo. Em Londres, fomos ver de perto como o upcycling transformou o mercado de luxo de roupas e móveis.

Fonte: http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1626521-17665-304,00.html

Saiba mais:
- Clique aqui para visitar o site da TerraCycle e saber como é possível participar das Brigadas de reciclagem.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Coca-Cola Brasil lança PlantBottle, primeira PET à base de material vegetal



 Na quinta-feira (25), a Coca-Cola Brasil reuniu jornalistas no Rio de Janeiro para falar sobre a o lançamento da PlantBottle na América Latina. Trata-se de uma embalagem revolucionária, feita de PET no qual o etanol da cana-de-açúcar substitui parte do petróleo utilizado como insumo. Por ter origem parcialmente vegetal – 30% à base da planta -, a novidade reduzirá a dependência da empresa em relação aos recursos não-renováveis, além de diminuir em até 25% as emissões de CO².

O evento contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; do presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa; do vice-presidente de Técnica e Logística da empresa, Rino Abbondi; do presidente da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank; e da gerente de Operações do Instituto Akatu, Heloisa Mello.

Sem mudança de propriedades químicas, cor, peso ou aparência em relação ao PET convencional, a PlantBottle é 100% reciclável e já entra na cadeia de reaproveitamento de materiais consolidada no País desde sua chegada ao mercado.

A nova garrafa chega ao mercado a partir desta quinta-feira (1), inicialmente nas embalagens de Coca-Cola de 500ml e 600 ml, no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

“Houve uma grande mobilização e investimentos para chegarmos à fórmula da PlantBottle e, com seu lançamento, confirmamos novamente nossa posição de vanguarda na inovação de embalagens. Ao substituir parte do petróleo usado na fabricação do PET por etanol de cana-de-açúcar, um recurso absolutamente renovável e abundante no País, a Coca-Cola Brasil inaugura uma nova era para as embalagens plásticas”, afirma Xiemar Zarazúa, presidente da Coca-Cola Brasil.

Além dos benefícios ambientais – a expectativa é que, em 2010, a produção inicial das garrafas PlantBottle resulte na redução de uso de mais de cinco mil barris de petróleo -, o uso da nova garrafa também traz vantagens à economia do Brasil. Segundo Rino Abbondi, vice-presidente de Técnica e Logística da empresa, “a cana-de-açúcar é a fonte mais eficiente para a fabricação de etanol. Com este quadro, o Brasil se coloca como futuro exportador de bio-MEG (componente feito com cana de açúcar, usado na PlantBottle), fomentando assim a geração de empregos e alavancando o setor sucroenergético do País. O Brasil é um dos primeiros mercados a adotar a PlantBottle e acreditamos que, com isso, a Coca-Cola Brasil e seus fabricantes incentivam as demais indústrias a tomar medidas semelhantes. Vale destacar que 100% das embalagens de PlantBottle de todo o mundo usará etanol brasileiro”.
“Essa é mais uma importante iniciativa de sustentabilidade que a Coca-Cola Brasil abraça. O índice de uso de água é dos melhores do mundo na indústria de bebidas e reduzimos em até 26% o peso de nossas embalagens nos últimos anos. Na área da reciclagem, temos o programa ‘Reciclou, Ganhou’ desde 1996 e, com ele, colaboramos para que o Brasil seja um dos maiores recicladores de embalagens do mundo. Hoje, apoiamos mais de 130 cooperativas de catadores, que geram renda e resgatam a dignidade de milhares de pessoas”, completou Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil.



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fundação Amazonas Sustentável: “Fazendo a floresta valer mais em pé do que derrubada”

(Texto autoral: Vânia Del Buoni)



Já ouvimos falar sobre a bolsa família, bolsa escola, sobre o auxilio gasolina, gás, terno, moradia, e do programa bolsa floresta? Alguém já ouviu falar?

O programa bolsa floresta (PBF) é o primeiro projeto do Brasil certificado internacionalmente para recompensar e melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas tropicais reduzindo o desmatamento e valorizando a floresta em pé. Esse programa possui quatro componentes:

  1. Bolsa Floresta Renda: Incentivo a produção sustentável;
  2. Bolsa Floresta Social: Investimento em saúde, educação, transporte e comunicação;
  3. Bolsa Floreta Associação: Fortalecimento da associação e controle social do programa; e
  4. Bolsa Floresta Familiar: Envolvimento das famílias na redução do desmatamento.
A fundação Amazônia Sustentável foi fundada pelo governo do Amazonas e pelo Banco Bradesco. Tem como mantenedora a Coca-Cola Brasil e como patrocinadores a Marriott Internacional e o BNDS.

É um modelo diferente e eficaz na luta contra o desmatamento. Diferente porque investe na criação de programas pioneiros, e já beneficia cerca de 30 mil pessoas e conserva mais de 10milhões de hectares.

Instituto Akatu

(Texto autoral: Vânia Del Buoni)
Em pesquisas para publicar matérias no blog, Responsabilidade Social Empresarial acabei encontrando uma empresa bastante interessante, uma empresa que produz consciência divulgando e fazendo projetos sobre uso consciente , contribuindo assim para um melhor futuro do nosso planeta.

Essa empresa, ou melhor, o Instituto Akatur tem a missão de mobilizar as pessoas para o uso do poder transformador dos seus atos de consumo consciente como instrumento de construção de sustentabilidade da vida no planeta sua visão para o futuro é criar uma comunidade humana onde haja um equilíbrio de valores que se perceba parte integrante da teia da vida no planeta e, como, tal cuide da vida pela vida em si e acolha a humanidade em toda a sua diversidade. Seu trabalho possui vários parceiros espelhados pelo Brasil inteiro entre eles: Avina, Nestlé, Itaú, HP, Santander, Bradesco, Carrefour, Walmart, Braskem, Redeglobo, Philips, VR, Sadia, Telefônica, Vivo, Voltorantim, enfim entre outros que se eu fosse escrever acho que não caberia. Em navegação pelo site fiz várias pesquisas e aprendi muito, além de ter uma galeria de fotos, vídeos, notícias gerais sobre o instituto, reportagens especiais, divulgação da agenda do instituto, enquetes, testes, guia de produtos, projetos, campanhas, dicas...

Vale muito apena ver é um trabalho feito com muito carinho e dedicação, mas precisa de contribuição de todos para ser bem melhor do que já é como um velho ditado já dizia uma andorinha só não faz verão!



domingo, 28 de novembro de 2010

SECOVI RIO - Workshop sobre como usar energia de forma racional

O Secovi Rio, em parceria com a Fecomércio-RJ, Aneel e Light, realizou, durante o mês de fevereiro, na sede do Sindicato, workshops sobre eficiência energética em condomínios comerciais e residenciais. No primeiro evento, que aconteceu no dia 6, o presidente da organização, Pedro Wähmann, falou da importância de se unirem esforços para evitar que um novo racionamento aconteça no país. “É um tema de responsabilidade social. Queremos mostrar aos administradores de condomínios e empresários a importância de usar a energia de forma consciente”, comentou o presidente do Secovi Rio.
O vice-presidente da Fecomércio-RJ, Antônio Florêncio de Queiroz Júnior, ressaltou a importância da parceria entre as duas instituições, elogiando o Secovi pela capacidade de disseminar informações através de treinamentos. “A capilaridade da Entidade é muito importante”, disse. A superintendente de Projetos Especiais da Light, Marina Godoy, também ratificou a importância do Sindicato como uma organização atuante. “Destinamos R$ 15 milhões ao ano dentro do Programa de Eficiência Energética, que desenvolve projetos para condomínios, prédios públicos, comércio, indústrias e hospitais”, afirmou.
Os professores Jamil Haddad e Luiz Augusto Nogueira, do Grupo de Estudos Energéticos da Universidade Federal de Itajubá (MG), falaram de como a energia pode ser gerenciada, mostrando cases de sucesso em projetos de eficiência energética. No Edifício Linneo de Paula Machado, no Centro do Rio, por exemplo, foram implementadas medidas focadas nos sistemas de ar condicionado. Com investimento de R$ 1,5 milhão, houve redução de demanda de 480 kW e uma diminuição de consumo de aproximadamente 1.200 MWh/ano.
Normalmente os grandes condomínios – os que têm mais recursos – procuram a Light Esco (Empresa de Serviços de Conservação de Energia, na sigla em inglês), que avalia a viabilidade da implantação de um projeto de eficiência energética. Mas nada impede que os pequenos se unam e formem um pool para buscar a eficientização. O acordo se dá por meio de contratos de performance, ou seja, a Light desenvolve e implementa o projeto com verba própria, e a remuneração se dá através da economia de energia do cliente.
O segundo workshop aconteceu em 13 de fevereiro. O objetivo foi estimular o uso racional da energia elétrica, melhorando a qualidade do fornecimento e reduzindo o desperdício. Medidas relativamente simples, como troca e limpeza de lâmpadas, instalação de sensores de presença, troca do ar-condicionado e até pintura adequada das paredes, podem reduzir o consumo em até 30%.

sábado, 27 de novembro de 2010

Johnson Diversey - Responsabilidade Frente ao Meio Ambiente



Vídeo Autoral com Participação Especial de Ricardo Rodrigues - Consultor Técnico da Johnson Diversey


A Diversey é fornecedor líder no mundo de soluções comerciais para a limpeza, higiene e  segurança de alimentos.

Estamos comprometidos com a excelência do meio ambiente, a saúde, a segurança e produtos. Avaliamos e damos a conhecer nosso progresso.

Desde a criação da empresa em 1886, a Diversey se compromete a manter sua liderança em matéria de meio ambiente, saúde e segurança. Nosso compromisso com a saúde e segurança dos empregados e o meio ambiente natural se reflete em todos nossos processos de desenvolvimento e fabricação de produtos. Trabalhamos continuamente para garantir a segurança de nossos produtos e embalagens para os usuários finais e para o meio ambiente, tanto internos como externos. Avaliamos e damos a conhecer nossos progressos. A proteção da saúde e o meio ambiente são nossa contribuição para as futuras gerações.

Nosso Compromisso com a Excelência do Meio Ambiente, a Saúde, a Segurança e os Produtos.
  • Desenvolver produtos, soluções e processos inovadores com um menor impacto sobre a saúde e o meio ambiente.
  • Tolerância Zero para nossas operações, produtos e serviços enquanto aos riscos que se associam em matéria de segurança, saúde e meio ambiente.
  • Cumprir com todos os requisitos legais vigentes ou superarmos, no caso de que os standards internacionais da companhia sejam mais altos.
  • Melhorar tudo o que fazemos mediante a avaliação contínua dos atuais efeitos sobre o meio ambiente, a saúde e a segurança; estabelecer objetivos, adotar as melhores práticas e dar a conhecer nossos resultados.
  • Associarmos com nossos clientes, investidores e associações civis, com o fim de promover a excelência do meio ambiente, a saúde, a segurança e produtos.
  • Favorecer os mais exigentes requisitos de rendimento para nossa indústria.
  • Comunicar esta política e sua responsabilidade aos empregados e oferecer as ferramentas necessárias para alcançar os objetivos de nossa empresa.

domingo, 21 de novembro de 2010

SWU - Consciência Sustentável ou Folia Social?

(Texto autoral: Cláudio de Alencar Lima)

Nos dias 09, 10 e 11 de outubro de 2010, ocorreu na cidade paulista de Itú, um evento chamado SWU (Starting With You), que apesar de não ser um evento empresarial (objeto deste blog), é um evento totalmente voltado às causas sociais e de sustentabilidade do planeta, temas estes, intrinsicamente ligados aos projetos de RSE.
Neste evento também abrigou o Fórum Global de Sustentabilidade, onde um dos painéis foi com o tema Negocios Sustentáveis, com nove palestras, dentre elas, com a rapper Nega Gizza, co-fundadora e diretora da ONG CUFA - Central Unica das Favelas e com Ladislau Dowbor, Presidente do Conselho do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP.
O evento contava ainda com bicicletas ecológica, para o público pedalar e carregar seus celulares e fornecer parte da energia que fazia movimentar a roda gigante existente no evento. As atrações mais esperadas eram os shows. Nomes como Rage Against the Machine, Infecious Groove, Joss Stone, Dave Mattheus Band, Capital Inicial, dentre outros, colocaram a galera para pular nos três dias de festival.
Acho válida a iniciativa dos organizadores do evento, só não concordo com a forma que escolheram para dar voz às idéias e apresentações que aconteceram nos três dias de festival, abaixo elenco meus motivos:
  1. Um evento sobre sustentabilidade, ok?! Quanto de energia foi gasto para manter funcionando uma estrutura com três palcos e toda a infra-estrutura montada para acomodação do público?
  2. Apenas os mais abastados da sociedade tem direito a se atualizar sobre o que vem sendo discutido globalmente sobre sustentabilidade? Ingressos a R$ 240 acabam por excluir boa parcela da população que tem interesse no tema.
  3. A galera estava lá, em sua grande maioria, para fazer folia nos shows, isto é óbvio.
Desta forma, acredito que este evento foi uma grande folia social em torno de um tema tão importante para a sociedade e para o planeta. basta vermos os comentários de quem foi na internet. E estamos conversados!

Vejam no vídeo abaixo que o objeto do festival é sempre colocado em segundo plano, atrás da folia!

Axé!

PIRÂMIDE DE CARROL


 

O estadunidense Archie B. Carrol é uma das autoridades no estudo da RSE - Responsabilidade Social Empresarial. Em 1991, Carroll propôs um modelo piramidal para o tema RSE, separado em quatro blocos: Responsabilidades Econômicas, Responsabilidade Legal, Responsabilidade Ética e Responsabilidade Filantrópica, também conhecida como Responsabilidade Discricionária.
Para o autor a base de tudo quando as organizações pensam em adotar algum programa de RSE é a Responsabilidade Econômica, o Ser lucrativo, ou seja, o projeto de RSE deve antes de mais nada gerar retorno financeiro à organização. A obtenção deste lucro deve estar embasado legalmente (Resposabilidade Legal), por exemplo, o descarte de residuos sólidos gerado na produção de produtos, existe lei específica que regulamenta esta atividade, desta forma a empresa deverá conhecer tal lei e air dentro dela em seus projetos de RSE. No degrau de cima da Pirâmide, Carrol coloca a Responsabilidade Ética, ou seja, além de gerar lucro e estar dentro da lei, os projetos de RSE devem ser éticos perante a sociedade, ou seja, de nada adianta um trabalho bem elaborado de reciclagem de material, se a empresa utiliza mão de obra escrava para produzir seus produtos. No topo da Pirâmide temos a Responsabilidade Discricionária. este patamar é alcançado pelas empresas que chegaram a tal ponto em seus projetos de RSE, que estes acabam por se tornar uma instituição ou até mesmo uma empresa paralela, que passa a desenvolver atividades totalmente diferentes do core business da organizações origem.
A Pirâmide de Carroll é dos templates mais utilizados pelas organizações para estruturação de projetos de RSE.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como é o sistema para aproveitar água da chuva?

(Texto autoral: Cleber Cardoso)




Nos tempos atuais, a conservação de recursos naturais é tema de qualquer conversa de bar. E ao falar de preservação, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a questão da água. Apesar de abundante no Brasil – temos a maior bacia hidrográfica do mundo, a do Amazonas – a água já falta em diversas regiões do planeta.
Mesmo no Brasil, as bacias hidrográficas não estão distribuídas uniformemente por todo o território e, pior, sua distribuição não coincide com as áreas de maior concentração populacional. O que vemos, então, são alguns locais com muita água e pouca gente, e outros com uma grande população sem o acesso adequado à água e, ainda mais grave, saneamento.


Recurso valioso

Portanto a água passou a ser um bem raro e que deve ser poupado e reaproveitado ao máximo. Quando falamos de poupar água, estamos nos referindo a diversas práticas, desde fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e o chuveiro enquanto nos ensaboamos, até desenvolver sistemas de irrigação para as lavouras que sejam mais eficientes.
Países como Israel plantam no deserto graças a sistemas de irrigação por gotejamento que utilizam menos de 5% da quantidade de água necessária por nosso sistema mais comum, o da aspersão, em que boa parte da água evapora antes mesmo de chegar ao solo. Outro exemplo simples pode ser notado nos arejadores para torneiras, que já estão presentes nos modelos das principais fabricantes do país. Trata-se de um equipamento simples e barato que reduz drasticamente o consumo de água. Nessa linha encontramos diversos sistemas eficientes de descargas entre outros implementos que nos auxiliam a economizar água.

E a água já utilizada?

Hoje em dia, na grande maioria dos edifícios (de uma residência a uma indústria), a água vai diretamente para o sistema de coleta de esgoto e águas pluviais. Entretanto, boa parte dela pode ser facilmente reutilizada, visto que o grau de impurezas é muito baixo após a primeira utilização. Grandes indústrias, como as de cerveja, por exemplo, já possuem sistemas capazes de utilizar diversas vezes a mesma água para a fabricação de seu produto, reduzindo muito o impacto no meio ambiente. Esses são sistemas mais complexos e vamos nos concentrar nos convencionais, desenvolvidos para residências.
Ao pensarmos em reuso de água para residências, podemos primeiramente tratar das águas pluviais, ou seja, a água da chuva. Captar a água que cai nos telhados e lajes de nossas casas para uma futura utilização não só é uma prática econômica e ecológica, como também diminui a quantidade de água que vai para o sistema público de coleta, ou seja, ajuda a diminuir as terríveis enchentes das épocas de chuva forte.

Coletar, filtrar, usar

Os sistemas mais simples de reuso de água tratam apenas das águas pluviais, que após caírem nos telhados são direcionadas às calhas e, ao invés de serem descartadas, são filtradas e levadas a um reservatório inferior, normalmente enterrado. Uma bomba simples transfere a água deste reservatório inferior para outro elevado (uma segunda caixa d’água) e a partir daí a água é direcionada para os pontos que desejamos.
Os sistemas mais simples direcionam esta água de reuso apenas para a irrigação de jardim. Em locais com grandes áreas ajardinadas, só isso já é suficiente, uma vez que toda a água da chuva será reaproveitada e bem utilizada. Em locais com poucas áreas ajardinadas ou mesmo sem nenhuma área verde, podemos utilizar o mesmo conceito de reuso, mas com uma complexidade um pouco maior – a água da chuva, após estar filtrada e no reservatório superior, é levada aos jardins e também para os vasos sanitários, tanques e máquinas de lavar roupas. Essa água, embora imprópria para ser bebida, é bastante limpa para essas finalidades.

Águas cinzas

Há diversos sistemas disponíveis no mercado com filtragem da água após ela entrar no reservatório inferior, imediatamente antes ou ainda no tubo de queda. São vários os filtros existentes e a NBR 15527 (Água de Chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não-potáveis) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é a que regula todos esses sistemas. É importante sempre prestarmos muita atenção ao método de filtragem e de armazenamento, já que ao cair na cobertura, a água carrega consigo todas as impurezas do telhado.
Além da água da chuva, as chamadas águas cinzas também podem ser reutilizadas. As águas cinzas são as que foram utilizadas nas pias de banheiros ou chuveiros, por exemplo. É uma água mais limpa do que a que sai do vaso sanitário (por razões óbvias) e, portanto mais fácil de ser filtrada. O sistema de funcionamento é basicamente o mesmo do reuso de águas pluviais. A água cinza é recolhida, filtrada e reaproveitada nos jardins ou sanitários. Os filtros e os métodos de filtragem podem variar, mas o funcionamento é muito parecido.
Desde que bem projetados, os sistemas para reuso de água são eficientes e vieram para ficar. Além disso, algumas localidades já exigem estes sistemas para qualquer edificação a ser construída.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Legado para as Novas Gerações (P.S.: não precisa embalar para viagem, não!)

(Texto autoral: Silmara Taú da Silva)


Cena cotidiana: fazendo compras, as várias opções consumíveis, a dúvida nas escolhas, enfim: a decisão de ter separado tudo o que precisava. Hora de ir ao caixa, passar o cartão, quando, na hora de fechar a conta, a atendente encaminhou-se para embalar em sacolas plásticas. Diante a consciência aflorada pelo bom-senso, agradeci dizendo:

- Pode deixar, não precisa de sacolinha!

A funcionária olhou curiosa - até parecia desapontada, sob um determinado ponto-de-vista -, e completou:

- Difícil gente como a senhora! Quase todos fazem questão da sacolinha! E tem aqueles que ainda pegam uma pilha de sacolas, dobram e guardam descaradamente, dizendo que vão levar “pra pôr lixo”...

Fiquei por alguns flashes de pensamento divagando: irresponsabilidade dupla! A sacola plástica fazendo dupla infalível com os detritos, vagando por aí nos lixões, nos aterros sanitários, e não muito dificilmente boiando num córrego, rio ou manancial, ou até mesmo fazendo presença num terreno baldio atrás de muitas residências como a sua ou a minha. Até quando?!

Nesse ínterim, tirei minha sacolinha de pano de dentro da mochila – dobradinha, ali, esperando pelas compras, não faz volume nenhum. Faz leveza, até. Para um mundo melhor. “A leveza da consciência que tem de ser contagiosa”, pensava eu, ao mesmo tempo em que conversava com a operadora de caixa do mercado. Num desabafo, falei em tom compreensível – até didático - sobre o que representa o abusivo consumo de sacolas plásticas e do plástico em geral. Ela disse ter tido uma manhã inteira de treinamento com o administrativo da loja, e que já sabia dos malefícios que sobrevêm acerca das ditas sacolinhas: animais intoxicados, solo adulterado, entupimento de bueiros e galerias de saneamento, só para citar alguns. Com o semblante entristecido, sentenciou:

- Não sei como proceder e contribuir na causa, pois o cliente exige o acondicionamento da mercadoria nas sacolinhas plásticas. Rejeitam saquinho de papel, e torcem o nariz quando nossos auxiliares oferecem uma caixa de papelão. Um senhor raivoso disse até que não têm lugar pra caixa na casa dele, e que se eu quisesse podia mandar a caixa passear num local não muito gentil!

Este é o dilema: a ponta da operação. Deixar para o cliente decidir quando não há opções, é dar um tiro no pé, como candidata a Empresa Responsável: a atendente de caixa pouco pode argumentar, quiçá obrigar o cliente a sair sobraçando os itens na mão, sem acondicionar os mesmos em um instrumento para transporta-los devidamente – eis que o único vilão vira herói: a sacolinha – e só ela – resolve a questão!


Sabemos que o consumidor procura sempre por escolhas que ofereçam maior valor agregado – e a sacola faz tal viés no sentido de transportar a compra, ao mesmo tempo que pode ser útil para acondicionamentos domésticos diversos – inclusive para o lixo, nosso “crime duplo” – porém já passa de valor agregado para, digamos, “aglutinado” ao fenômeno da compra, pois não é mais percebido por si só, a menos que seja subtraído, como tem sido o conceito de abandono de uso das sacolinhas por uma atitude de responsabilidade sócio-ambiental. Aí o bicho pega. É aí que, a meu ver, as corporações que oferecem produtos de consumo entram em cena no papel de coadjuvante na transição destes valores pessoais. E podem marcar um gol de placa nesse jogo, sem acenar para a questão de mero marketing institucional mascarado de responsável.

As empresas precisam tomar decisões que ofereçam escolhas conscientes ao cliente: a exemplo do que ocorre em algumas redes americanas de supermercados, estas incentivam a aquisição de sacolas de pano recicláveis com a logomarca da empresa – em muitas vezes a oferecem para clientes cadastrados, e ali aplicam um sistema de incentivos por pontuação pelo retorno do cliente utilizando a sacola, que o faz obter descontos progressivos em suas compras. O resultado é um enxugamento com o custo de embalagens, repassados em parte para a fidelização e conscientização do cliente – o ambiente agradece, e todos fazem sua parte.

O certo é que para pessoa física como eu, bem como para o mercadinho ou a grande rede de lojas fazermos nosso papel consciente na sociedade, nem deveríamos esperar por leis e sanções para fazer a diferença. Quantas mudanças aconteceriam se cada cidadão agisse um pouquinho a cada dia em prol da sustentabilidade? Contra o desperdício? A favor da conscientização?

Costumo dizer que o grande legado que deixamos para o mundo, nesses tempos de consumo absoluto, não está em grandes obras artísticas, fatos heróicos de repercussão quilométrica ou prêmios Nobel - pense na diferença de ser um a menos a não destruir.

(postado por Silmara Taú da Silva - 02/11/2010 - 21h22min)

domingo, 24 de outubro de 2010

Ventiladores Sustentáveis reduzem em até 90% o consumo de energia

(Texto aurtoral de Vânia Del Buoni)




Um dos eletrodomésticos mais antigos já inventaram, o ventilador; já poder ser encontrado na versão sustentável. Desenvolvido pela Keppe Motors, o sistema de ventilação reduz 70% a 90% o consumo de energia em relação aos ventiladores comuns.



O novo ventilador sustentável trabalha por meio de energia pulsada. Dessa forma, há uma melhora significativa no desempenho do motor. Já os motores elétricos convencionais, utilizam corrente contínua ou alternada, que têm como limitação tecnológica e característica o aquecimento do motor, levando a um consumo maior de energia. A tecnologia também pode ser adaptada para cortadores de grama, bicicletas elétricas e bomba d´água.
Trata-se de um motor altamente eficiente desenvolvido pelos cientistas brasileiros Cesar Soós e Roberto Frascari, que utiliza o princípio de ressonância eletromagnética para otimização de sua eficiência. O Keppe Motor recebe este nome porque foi desenvolvido segundo princípios inovadores que durgiram da pesquisa do cientista brasileiro Norberto da Rocha KEppe sobre a física, e expostos em sua obra "A Nova Física da Metafísica Desinvertida", escrita em 1996, na França.


Fonte: Procel - Centro de Formação Brasileiro de Eficiência Energética, ABESCO - Associação Brasileira das Empresas de serviços de Conservação de energia.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Responsabilidade Social - Ações em prol da comunidade melhoram imagem da empresa

(Texto autoral: Letícia Moraes)


Muita mais que antes, hoje as empresas pensam em diversas formas para conquistar o seu mercado, antes só se preocupavam com um bom produto, uma ótima qualidade de serviço, preço competitivo, e tudo isso deixou de ser uma vantagem e passou a ser uma obrigação.


Ser Responsável melhora a imagem da empresa.
Foi ai então, que as empresas pensaram em investir mais em Responsabilidade Social, o mercado exige inovações, exige diferenciais, e se as empresas não acompanharem este tipo de demanda ela fica pra trás e perde mercado.
Fazer Responsabilidade Social não é Filantropia. Ser socialmente responsável é um compromisso importante para todas as empresas. Respeitar o meio ambiente, cumprir suas obrigações e proporcionar melhorias na qualidade de vida de seus colaboradores, familiares e a toda sociedade.
Responsabilidade Social das Empresas é a integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interação com a sociedade.
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Fonte:
Responsabilidade social empresarial
Ações em prol da comunidade melhoram imagem da empresa

domingo, 12 de setembro de 2010

ISO 26000 - Norma de Responsabilidade Social




A ISO 26000 será a norma internacional de Responsabilidade Social e está prevista para ser concluída em 2010. O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) – responsável pela elaboração da ISO 26000 - é liderado em conjunto pelo Instituto Sueco de Normalização (SIS - Swedish Standards Institute) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, em decisão histórica o Brasil, juntamente com a Suécia, passou a presidir de maneira compartilhada o grupo de trabalho que está construindo a norma internacional de Responsabilidade Social.



O desenvolvimento desta norma tem também sido inovador, um processo multistakeholder. O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) é constituído por mais de 360 experts e observadores de mais de 60 países. Os experts e observadores participam do processo de construção da ISO 26000 de duas formas – por meio de delegações nacionais ou das chamadas organizações D-liaison. As delegações nacionais são compostas pelas seguintes categorias ou partes interessadas (stakeholders) da sociedade:

 
• Trabalhadores;
• Consumidores;
• Indústria;
• Governo;
• ONG’s; organizações não governamentais
• Serviço, suporte e outros.





A ISO/TMB WG realizou, até o presente momento, cinco reuniões que definiram as principais resoluções a respeito da ISO 26000. Seguem abaixo as principais características desta norma:

 
• será uma norma de diretrizes, sem propósito de certificação;
• não terá caráter de sistema de gestão;
• não reduzirá a autoridade governamental;
• será aplicável a qualquer tipo e porte de organização (empresas, governo, organizações não governamentais, etc);
• será construída com base em iniciativas já existentes (não será conflitante com tratados e convenções existentes);
• enfatizará os resultados e melhoria de desempenho;
• prescreverá maneiras de se implementar a Responsabilidade Social nas organizações;
• promoverá a sensibilização para a Responsabilidade Social;

 
Embora ainda em processo de construção podendo, portanto, sofrer alterações, podemos dizer que a ISO 26000 abordará como temas centrais da RS, as seguintes questões:
•  Governança Organizacional
• Direitos Humanos
•  Práticas do Trabalho
•  Meio ambiente
• Práticas Leais(justas) de Operação
• Questões do Consumidor
• Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade

 
Além disso, pode-se aferir que as organizações que quiserem ter um comportamento socialmente responsável deverão:

 
• ser responsáveis pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente;
• contribuir com o desenvolvimento sustentável, a saúde e bem estar da sociedade;
• considerar as expectativas dos seus stakeholders ;
• ter um comportamento ético e transparente;
• estar de acordo com as normas internacionais de comportamento.





Instituto Ethos - Organização de Responsabilidade Social


A missão do Instituto Ethos é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa.



O Instituto Ethos propõe-se a disseminar a prática da responsabilidade social empresarial, ajudando as instituições a:

 
1. compreender e incorporar de forma progressiva o conceito do comportamento empresarial socialmente responsável;
2. implementar políticas e práticas que atendam a elevados critérios éticos, contribuindo para o alcance do sucesso econômico sustentável em longo prazo;

3. assumir suas responsabilidades com todos aqueles que são atingidos por suas atividades;
4. demonstrar a seus acionistas a relevância de um comportamento socialmente responsável para o retorno em longo prazo sobre seus investimentos;
5. identificar formas inovadoras e eficazes de atuar em parceria com as comunidades na construção do bem-estar comum; e
6. prosperar, contribuindo para um desenvolvimento social, econômica e ambientalmente sustentável.
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização sem fins lucrativos, caracterizada como Oscip (organização da sociedade civil de interesse público). Sua missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável.


Criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos oriundos da iniciativa privada, o Instituto Ethos é um polo de organização de conhecimento, troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas para auxiliar as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seu compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. É também uma referência internacional nesses assuntos, desenvolvendo projetos em parceria com diversas entidades no mundo todo.


Site do Instituto: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx

Entrevista com o Empresário Oded Grajew





Oded Grajew é um dos catalizadores do movimento em prol da responsabilidade social no Brasil e, até pouco tempo arás, Assessor Especial da Presidência.
Oded Grajew, 46 anos, nasceu em Tel-Aviv, Israel, mas migrou para o Brasil com a família quando tinha apenas 12 anos. Oded, que é engenheiro elétrico formado pela Escola Politécnica da USP, também é pós-graduado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas.
Em 1972, Oded Grajew criaria uma das maiores fábricas de brinquedo do país, a Grow Jogos e Brinquedos, da qual foi dirigente até 1982. Na Grow começaria sua conscientização pela luta em defesa dos direitos da criança, a qual culminou na criação da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, entidade que conta hoje com mais de 2.500 empresas cadastradas para apoiar projetos em favor de crianças e adolescentes.


Oded Grajew é verdadeiramente um “empresário social”, na sua própria concepção do termo. Além de ser um dos idealizadores do Fórum Social Mundial, um contraponto aos excessos do Fórum Econômico de Davos, Oded Grajew também é o criador do Instituto Ethos de Responsabilidade Social, o pioneiro nas discussões em torno do tema no Brasil e que conta atualmente com mais de 600 empresas cadastradas, algo em torno de 30% do PIB nacional.

O que a Responsabilidade Social pode representar para os resultados finais de uma empresa?


O esforço de desenvolvimento social local e efetivo
 é parte da responsabilidade social das empresas.
A óptica das empresas tem mudado com o passar dos anos, hoje se preocupam mais com o bem-estar de seus colaboradores e também da comunidade. Ambientes de trabalho favoráveis, acompanhamento de funcionários, busca por recolocações e oportunidades iguais de trabalho, controle da poluição ambiental e melhor utilização dos recursos naturais podem trazer futuramente às empresas algumas vantagens.


As organizações acreditam que fatores como estes podem vir a ter um relacionamento direto com o seu desempenho econômico, portanto, é um investimento, em muitos casos, muito alto, mas que no final de um período pode trazer ótimos retornos financeiros. Por outro lado, este tipo de atitude adotada pode contribuir também para a melhoria e maior aceitação da imagem da organização, isto é, apresentando-se como "responsáveis sociais" podem até evitar alguma regulamentação e conseqüentemente atrair muitos seguidores; muitas outras empresas interessadas em seguir suas políticas empresariais.
A responsabilidade social da empresa é a extensão do papel empresarial, além de seus objetivos econômicos. Seus defensores argumentam que as organizações têm amplo espectro de responsabilidades que vai além da produção de bens e serviços para obtenção de lucro.


A Responsabilidade Social Corporativa está devidamente voltada para as questões morais e éticas que envolvem as políticas praticadas pela organização.


Uma empresa passa a ser considerada se cumprir com todas as suas políticas sociais implementadas e também ao adotar uma visão estratégica de negócios transparente e honesta com todos aqueles que possuem algum tipo de relacionamento direto com a mesma, isto é, pode ser um colaborador, um cliente ou fornecedor a maneira de tratamento e relacionamento deve ser a mesma.
Fica visível que atualmente há a necessidade da moderna gestão empresarial criar relacionamentos mais consistentes e éticos no mercado tão competitivo dos dias de hoje. Para isso, é necessário que as empresas possuam políticas bem formuladas e devidamente implementadas. Algumas empresas seguem veementemente que a única função da responsabilidade social é gerar lucros, resistindo às interferências legislativas em sua liberdade de operações, se as organizações seguirem seus interesses próprios irá resultar no bem estar social maior.

Algumas organizações vão além das disposições legais ao reagirem a demandas ou preocupações específicas numa base discricionária, isto é, os valores além dos interesses econômicos da organização de melhorar o bem-estar social global. Por fim, algumas organizações abraçam muitas responsabilidades sociais como parte de suas filosofias éticas. Esse comportamento é proativo. Essas empresas seguem a perspectiva universalista de que certos valores devem ser apoiados independentemente de seus efeitos em outros valores, como os interesses econômicos.
Os valores da organização, assim como as suas devidas expectativas devem priorizar a transparência nos relacionamentos e também deve levar em conta a constante avaliação do seu desempenho quanto ao cumprimento de suas responsabilidades assumidas, objetivando uma imagem de empresa cidadã. A organização, não pode deixar de lado a prática de ações de cidadania. A responsabilidade assumida com a comunidade deve referir-se às expectativas básicas da organização quanto à ética nos negócios, preservação do meio ambiente e dos recursos naturais e da saúde pública.

O que é Responsabilidade Social Empresarial ?


Responsabilidade Social Empresarial  é
 construir a cidadania
As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.


A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações.


Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:


É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.


É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.

É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.


É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.




Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.